Ao longo dos anos a população brasileira passou por diversas modificações nos aspectos políticos, econômicos, sociais e até mesmo culturais, e, consequentemente, nos hábitos alimentares. Mudanças no modo de produção agrícola e industrial acarretaram em um crescente aumento na oferta de alimentos. Mas será que essa oferta tem suprido as necessidades nutricionais da população?
O maior problema de saúde pública no país durante décadas foi a desnutrição provocada pela fome. Embora este quadro ainda seja preocupante, e existam diversas áreas de insegurança alimentar, o cenário atual tem se invertido. E uma das maiores preocupações são as doenças, que entre outros fatores, estão associadas ao consumo excessivo de alimentos com baixa qualidade nutricional, ou seja, ricos em calorias e pobres em nutrientes de boa qualidade. As gôndolas dos mercados estão exageradamente cheias de alimentos com essas características, incluindo os “falsos-saudáveis”.
Infelizmente, não existe uma matéria escolar de Ensino Fundamental e Médio que ensine sobre hábitos alimentares saudáveis. Mas, para auxiliar neste processo, há uma importante e completa ferramenta desenvolvida pelo Ministério da Saúde (MS) disponível para a população, o “Guia Alimentar para a População Brasileira”. Nele, constam os 10 principais passos para uma alimentação saudável, e diversos outros assuntos importantes abordados.
O Guia Alimentar é formado por um conjunto de recomendações e informações qualitativas dirigidas à população em geral, com o objetivo de promover a alimentação saudável, e por consequência, a saúde. É destinado a profissionais da saúde, produtores de alimentos, indivíduos e famílias, ele é escrito com a utilização de termos compreensíveis, simples e claros, a fim de ser de fácil entendimento para toda a população.
Conheça os 10 passos para uma alimentação saudável que irão auxiliar nas suas escolhas, descritas na versão de bolso para a população:
1 – Fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da sua alimentação;
2 – Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias;
3 – Limitar o consumo de alimentos processados;
4 – Evitar o consumo de alimentos ultra processados;
5 – Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que possível, em companhia;
6 – Fazer compras em locais que oferecem variedades de alimentos in natura ou minimamente processados;
7 – Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias;
8 – Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece;
9 – Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas na hora;
10 – Ser crítico, quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais.
Para uma alimentação saudável, é preciso conciliar fatores como variedade, acessibilidade, segurança e harmonia dos alimentos, sem deixar a perder em seu sabor e textura.